LORENZETTI nasceu em 2oo4 em http://lorenzetti.blogspot.com Lorenzetti está fora de Portugal e daí a fraca actualização do LorenzettiCome, que cobre apenas Portugal.

Lorenzetti

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Thursday, March 06, 2008

Tivoli 'Caffé'


No edifício do Teatro Tivoli [o site do teatro não parece ter refer~encia ao bar / restaurante], na Av. da Liberdade em Lisboa, abriu um espaço pequeno e agradável com um restaurante [sobretudo em regime buffet ao almoço] e com chá à tarde.

Se tivesse de o descrever numa linha diria: espaço impecável, mas restaurante mau.

Um pouco pretensioso[*], tem como vantagens o a belíssima sala [tecto de Columbano ou algo do género], a localização, o facto de não ser complicado ter lugar sem reserva e ter a interessante opção de duas meias doses a 13 euros, e.g. peixe e carne. A comida, porém, e como na maioria dos novos restaurantes, nada de extraordinário.

O espaço tem, no entanto, grande potencial, e faz-me lembrar pequenas boutiques de bebida e delicatessen, como o caso do champagne bar do Waldorf em Londres [em Lisboa não conheço nenhuma de jeito; daí a referência a Londres].

Seria pois interessante manter a decoração do espaço, mas convertê-lo ou em restaurante de qualidade [o chef Gemelli seria uma óptima opção, dado que a sua cozinha é excepcional mas a sala da Rua de S.Bento péssima] ou em sala de chá ou bar de qualidade.

[*] Diz a sofrível TimeOut 'Chama-se Tivoli Caffé (assim, com dois “f”) e tal como o nome, quer ser chique a valer'. É pretensioso ão só pela inauguração [com os pseudovips tugas género 'actores' de telenovelas, comediantes, jogadores de futebol, socialites, boy bands e afins, o freakshow do costume], mas sobretudo pelo tipo de serviço exagerado, nada discreto, sendo a cereja no topo do bolo foi o chá: perguntei que chás havia e foi-me respondido 'qual quer?! temos todos!!'. Pedi chá branco. Não havia... Pedi Darjeeling. Foi-me servido o que parecia ser um Lipton ou Tetley ordinário.

Tivoli Caffé. Av. da Liberdade, 186 [teatro Tivoli]
21 073 7240
Fecha sábado e domingo

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Monday, October 29, 2007

Pastelaria portuguesa online



O resultado é fantástico: um quase glossário da pastelaria portuguesa, aquela típica de café.

A ver em Fabrico Próprio.

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Sunday, October 14, 2007

'Já se come mal, vai comer-se pior'.


É o que nos diz o Expresso de 13.10.2oo7, numa interessante reportagem [p.26] sobre as consequências alimentares da crise política e económica em Portugal: o pão vai subir nada mais nada menos que 30% [nada comparado com o leite em pó, que subiu 100% desde o ano passado], o IVA de certa fastfood vai descer, e portanto vai haver 'mais açúcar e gorduras em tempo de crise', num momento em que já há 50% de adultos com peso a mais. Descobri, por exemplo, que cada lata de refrigerante disponível no mercado tem, em média, uma quantidade de açúcar equivalente a 5 pacotes. E esta hein?

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Saturday, October 06, 2007

A Europa no seu melhor.

'The biggest difference between skiing in Europe and skiing in North America...it's lunch. In Europe, skiers not only stop for a midday meal, they rtake time to enjoy it. That means three courses (not a lonely hamburguer), wine (yes, wine), and freshly made expresso (not coffee that has been stewing in the pot for hours). And hey, why not a brandy to fortify you for the afternoon's exertions?... what makes a European ski holiday special -- and or americans, surprising -- is the mountain restaurants, usually located high up on the slopes, complete with uniformed waiters, gourmet cuisine, extensive wine lists and great people-watching opportunities... Finally, if all this doesn't make the case that European, especially French, skiing is different, consider this. At one point, we shared a télécabine with three hip, young Frenchmen. We couldn't help but overhear their animated conversation. They talked about the quality of the fresh strawberries at the market, chocolate in many guises, and the best way to make a cake. I wish I had asked them where they were having lunch'.

Ann MORRISON, 'Vive la différence: the biggest contrast between European and US ski holidays is evident at lunchtime', Financial Times, Life&Arts, October 6-7 2oo7, p.14.

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Sunday, September 30, 2007

club 13

Barcelona, Domingo, Noite.

A trilogia não teria nada de mal, à custa da primeira.

Ainda assim, indecisão.

Acabei por jantar no Club 13...onde acabei por ficar a tomar uma caipirinha que, à primeira, veio...com gás [!]. Lá rectifiquei a coisa... Este intermezzo não foi muito auspicioso...mas o jantar compensou, e o pós-caipirinha também.

Além do jantar e dos copos, o Club 13 ainda passa filmes. E dança-se.




Apesar do espaço não ter um design 'do outro mundo' e apesar também de serem poucos os 'clubes globais' abertos ao público com um conceito que funcione, este funciona.

Janta-se bem [e deitado] com uma carta moderna, mas não ridícula, e com um serviço de 'idade paralela' e bastante razoável.

A seguir ao jantar passaram 3 curtas metragens, em 'estreia'. É sempre assim, aos domingos, no 13.

A primeira era sobre [perdão:imagens de... Nada de documentário, no mau sentido] Barcelona; a segunda New York e a terceira Havana.

Na terceira, a nova geração da música cubana [ficam os nomes, que irei explorar: Frank Emilio Flynn, Tata Guines, William Rubalcava e PAncho Amat, com mais uns tantos]; na segunda o jazz frenético de Duke Ellington e na primeira uma fusão irrepetível, mas bem trendy e nada plástica.

Depois da tríade, unas copas a anteceder a noite de blues no Jamboree, quase ao lado. Fica para uma próxima. Mas tive sorte: fui apanhado pelo festival de Jazz.


PS - Maria João e Mário Laginha estiveram [bem] presentes no festival de Madrid: nada mais nada menos que 3 noites de concertos, há umas quantas semanas.

PPS - o website do 13 não funciona. Pelo menos comigo. Mas é o que vem na 'tarjeta'...

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Saturday, September 29, 2007

Os Tibetanos.


Com o Dalai Lama recentemente em Lisboa e a confusão na Birmânia, parece oportuno falar deles. MAs refiro-me ao restaurante.

Já não ia lá há muito tempo. É dos sítios a que nem todos querem ir, e há muito que não almoço sozinho, nem com tempo, nem naquela zona [e a bem dizer nem naquela cidade].

Os Tibetanos não me converteram ao budismo, mas fiquei certamente rendido à qualidade do restaurante no seu piso térreo e terraço da Rua do Salitre, em Lisboa.

Fui lá muitas vezes [várias vezes por semana até] entre 2oo4 e 2oo6. Dava-me jeito e a comida era 'óptima apesar de apenas com vegetais'.

Isto porque embora mais 'saudável', a comida vegetariana nem sempre é ultra-apetitosa. E muitas vezes enjoa, de tanto de comer as mesmas saladas ou o mesmo tofu.

O facto de não ser assim nos Tibetanos, deixou-me entusiasmado. E não só a mim, visto que está sempre, ou quase sempre, cheio.

A cozinha [coisa rara, mesmo que se pague muito por isso, nos restaurantes de hoje] é boa. Os produtos parecem bons [ou pelo menos não tão maus como a maioria dos restaurantes por aí, tirando carne e peixe] e a confecção é genial. Ninguém se lembra que está num vegetariano, e além de se olhar para o prato e se ver 'comida normal', tem óptimo aspecto e sabe maravilhosamente.

Esta santíssima trindade é completada pela simpatia do pessoal [que praticamente não mudou desde que comecei a ir lá] e pelo aconchego do espaço [apesar da recente obra, que detestei, de redução da sala de baixo, aumento da cozinha até ao pátio, e terríveis ruídos que daí vêm, a maçar quem quer sossego no pátio, mas felizmente sem as plantas que abrigavam pássaros nem sempre respeitadores dos comensais].

Gosto de praticamente tudo o que vem na ementa [coisa rara] embora os favoritos de sempre [e a sobremesa convém pedir logo ao chegar] sejam a salada terraço [enorme, incluindo frutas exóticas] e que desgraçadamente parece já não haver [talvez por levar uns 30 minutos a preparar] e a genial tarte de papaia com requeijão [de cair para o lado], que cheguei a pedir em dose dupla e a levar depois de um almoço, em pulgas pelo lanche. O segredo parece ser a base [quase parece feita de cereais mal moídos e não da habitual massa quebrada], a polpa de papaia, no ponto, e o requeijão, muito bem batido, cuja aparência, volume e consistência lembram o chantilly, mas o sabor não engana.

Não deixe de ir [e/ou voltar] aos Tibetanos, com a certeza de encontrar sempre algo de interessante na ementa, e de sair de lá em paz.

Pontos + : cortesia, qualidade da cozinha e apresentanção dos pratos e relação com o preço, ambiente simples, mas intimista.
Pontos a melhorar: WC, mobilidade [organização do espaço], meios de pagamento [não tem multibanco, embora admita que seja princípio da casa], velocidade do serviço, estacionamento, para quem tem a paciência de guiar, horário [fecha às 14h e às 21h, e não abre aos fins de semana]

Os Tibetanos
Rua do Salitre, 117
Lisboa
213 842 028
Almoços das 12.00 às 14.00, jantares das 19.30 às 21.30. Fecha aos fins--de-semana.

imagem: Potala, Lhasa, Tibete, China

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Friday, September 28, 2007

Gin.




Bosford é o mais fraco dos famosos [nem vamos pensar no Beefeater ou no BOLS, óptimos para quem vende, porque são baratos para comprar e vendem-se caro que todos compram, sem ligar, e pedindo apenas um 'gin'...].

Depois vem, claro, o Gordon's, 'by appointment' de Buckingham, com nova imagem, e o agora em voga Bombay Sapphire, meu vizinho em Londres e com porteiros de ar bem duvidoso.



Em poupança, escolheria o Gordon's, o primeiro [e ainda aceitável] gin seco tipo Londres.

Mas em regra, como os mais comuns, porque não o Tanqueray e o Plymouth?

A diferença é clara: basta ver o grau alcoólico. Sendo mais elevado, significa, em regra, que está mais próximo do original, uma vez que da produção de gin, tal como de vodka ou whisky, por exemplo, resulta sempre algo bem forte... que é depois 'aguado', diluído, sabe-se lá em que água. Quando é vendido mais 'forte', chamam-lhe 'Premium' [como se não devesse ser sempre assim!].

Mais vale comprá-lo forte, original, e diluir em casa, se quisermos, com gelo ou outra coisa qualquer.

Contrariamente aos gin mainstream [sem que o Tanqueray ou o Plymouth sejam dificílimos de encontrar ou muito mais caros, que não são!], que têm uns 40% de álcool, e que podem ter até uns míseros 37,5%. Quando um bodka de qualidade pode chegar aos 60%.

O Tanqueray, gin, pode ser clássico ou Rangpur, este último destilado com lima de Rangpur [a botânica está 'muy de moda'], ou o genial Number Ten, destilado quatro vezes [quase faz lembrar os Cohiba vs. outros charutos] -- o Bombay é destilado duas -- com aromas cítricos: lima, laranja e toranja. Tem uns 47,3% [o Ten], quase mais 10% do que o valor mínimo para gin na Europa.



O Plymouth é, segundo creio, o único gin com certificação de controlo de origem. Na origem, tem 96% de álcool e é vendido [o original] a 41,2%. A diferença nota-se! Sobretudo se a água usada for má [i.e. com muitos minerais, ou, escândalo, e provavelmente o mais comum, da torneira, que tem desinfectantes 'e tudo'...].

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